Como os romances me fazem refletir sobre o Autismo

Uma das coisas que mais me fascina na literatura é que podemos aprender. As histórias contadas nos fazem viver realidades diferentes e enxergar sob novas perspectivas. Como bibliotecária, acredito na transformação através da leitura, mas não somente pela ocupação e pelo hábito do prazer, também pela mudança pessoal que pode ocorrer em cada leitor que se insere momentaneamente no mundo do outro.

Sempre gostei mais de livros de ficção e muitas vezes fui criticada por não ler livros não literários e “só gostar de romance”. Talvez por falta de conhecimento e preconceito, muitas pessoas tem a idéia de que livros literários são superficiais e fúteis. De fato, os textos não literários, como acadêmicos e científicos, são mais explicativos e aprofundados em um tema, no entanto, por serem destinados a um público mais específico, sua linguagem é muito técnica. Os livros de ficção são narrativas imaginárias, e, mesmo que irreais, geram identificações pessoais em seu leitor despertando sensibilidade.

Ultimamente, tenho gostado de ler livros cuja temática trata de aspectos psicológicos dos personagens. A gente é levado a entender melhor a mente das pessoas que passam por um problema específico ou que tem algum tipo de transtorno. É interessante enxergar as pessoas além de um diagnóstico médico, pessoas com sentimentos, família e amigos, inseridas em sua realidade cotidiana. É um aprendizado leve e ao mesmo tempo profundo, que te faz refletir sobre situações novas.

No dia 2 de abril, comemoramos o Dia mundial de Conscientização do Autismo. Como não convivo com ninguém com esse transtorno, me vêm à lembrança alguns personagens de livros que já li e quero compartilhar com vocês sugestões de leitura.

Acontece a cada primavera

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Brenda e Steven estão passando por uma crise no casamento. Misteriosamente, em Tranquility, uma cidadezinha pequena, onde todos se conhecem, aparece um andarilho, Cody, um rapaz diferente que vai causar problemas e muitas emoções para o lar de Brenda.

Acontece a cada primavera é o primeiro de uma série de quatro livros sobre as estações do casamento. Cody é um jovem especial que cativa qualquer leitor com sua espontaneidade e dá um toque a mais de sensibilidade na história.

 

 

Passarinha 

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Passarinha conta a história de Caitlin, uma menina de dez anos que tem Síndrome de Asperger. Após a morte do irmão de Caitlin, seu pai fica devastado e ela não sabe muito bem como lidar com tudo isso. “Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo.”

 

Projeto Rosie

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Don é um professor de genética. Ele cria o um projeto para encontrar uma esposa perfeita. Acontece que Don é um tanto diferente, tem problemas em socializar, é super metódico, racional e não leva jeito nenhum com mulheres. É um livro leve e engraçado, que mostra a mudança no comportamento de Don ao encontrar Rosie em meio a muitas confusões.

 

 

Um mundo à parte

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Jacob Hunt é um adolescente com síndrome de Asperger. Ele é péssimo para interpretar pistas sociais e se expressar diante dos outros e, como muitas pessoas com essa condição, tem fixação por um único tema — no caso dele, análise forense. Jacob ganhou um rádio de polícia e vive aparecendo em cenas de crimes, inclusive, dá conselhos aos policiais sobre o que fazer… Mas de repente sua pequena cidade é abalada por um assassinato terrível, e dessa vez é a polícia que vem atrás dele para fazer perguntas. Paira a dúvida que consome a todos: Será que Jacob cometeu homicídio?

 

E você, leu algum outro livro com um personagem especial? Conta pra gente!


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